Segundo dados da International Stress Management Association (ISMA-BR), 72% dos profissionais brasileiros sofrem algum nível de estresse relacionado ao trabalho  e a liderança é um dos fatores mais citados como causa de sofrimento psíquico.

No ambiente corporativo atual, onde o ritmo acelerado, a pressão por resultados e a transformação digital impactam diretamente o bem-estar das equipes, uma competência se torna indispensável: a competência socioemocional.

Mais do que um “plus” comportamental, essa competência passou a ser critério de sucesso estratégico para líderes e empresas, pois influencia diretamente o engajamento, a produtividade e a saúde das pessoas. E o que poucas organizações ainda entenderam é que essa competência pode e deve ser desenvolvida.

 Inteligência emocional x competência socioemocional: qual a diferença?

Enquanto a inteligência emocional está relacionada à capacidade interna de perceber, entender e gerenciar emoções, a competência socioemocional diz respeito à aplicação prática dessa capacidade no dia a dia profissional, principalmente nas relações interpessoais, na tomada de decisões e no cuidado com as pessoas.

Em outras palavras: líderes não são valorizados apenas por saber o que é empatia, mas por demonstrar empatia em momentos difíceis. Isso se chama competência.

 O que vivo como psicóloga de líderes: quando a competência socioemocional muda tudo

Atuo como psicóloga com foco em saúde mental corporativa, desenvolvendo líderes por meio de mentorias e programas estruturados. Ao longo da minha jornada, conduzi diagnósticos organizacionais, construí e apliquei planos de ação estratégicos, e observei de perto o impacto real da liderança emocionalmente competente.

Já acompanhei líderes que transformaram completamente o clima de suas equipes ao aprenderem, por exemplo:

  • A reconhecer seus próprios gatilhos emocionais antes de reagir impulsivamente;

  • A dar feedbacks difíceis com humanidade, sem perder a objetividade;

  • A acolher colaboradores em sofrimento sem assumir o papel de terapeuta, mas como ponto de apoio estratégico.

Essas são habilidades que não aparecem nos relatórios de performance, mas que sustentam os resultados mais sólidos de uma equipe.

 O plano de desenvolvimento emocional que aplico com líderes

A competência emocional pode ser construída em etapas práticas, como faço em mentorias e programas internos. Aqui está um resumo das principais fases:

1. Autoconhecimento emocional

Identificar emoções, reconhecer gatilhos e padrões de comportamento. Uso ferramentas como diário emocional e avaliação de perfil comportamental.

2. Regulação emocional

Ensinar líderes a responder com equilíbrio diante de pressões e conflitos, usando técnicas como respiração consciente, reestruturação de pensamentos e CNV (comunicação não violenta).

3. Empatia e escuta ativa

Trabalhar a escuta sem julgamento e a capacidade de se colocar no lugar do outro. Faço role plays de conversas difíceis e mapeamento emocional da equipe.

4. Comunicação com impacto emocional

Ajudar líderes a se expressarem de forma clara, firme e sensível ao mesmo tempo, principalmente em situações desafiadoras como desligamentos, feedbacks negativos ou reestruturações.

5. Tomada de decisão emocionalmente inteligente

Desenvolver o equilíbrio entre dados e intuição, razão e emoção. A competência emocional fortalece decisões mais humanas, assertivas e sustentáveis.

 O que as empresas ganham com líderes emocionalmente competentes?

Só esse tópico daria outro artigo. Mas, com certeza, as organizações que investem no desenvolvimento emocional da liderança têm resultados como:

  • Redução dos afastamentos por questões emocionais;

  • Maior engajamento das equipes;

  • Melhoria significativa do clima organizacional;

  • Retenção de talentos e diminuição de turnover;

  • Resolução mais rápida e saudável de conflitos;

  • Melhoria nas entregas e na percepção de segurança psicológica.

E mais importante: constroem uma cultura que respeita as pessoas sem abrir mão da performance.

 Competência socioemocional é o que diferencia líderes comuns de líderes transformadores

O mercado já não quer mais só líderes técnicos. Quer líderes autênticos, humanos, conscientes de seu impacto emocional e capazes de sustentar uma cultura positiva mesmo em contextos adversos.

Na minha atuação, acredito profundamente que liderar com saúde emocional é possível, estratégico e urgente. Ainda mais no mundo de hoje com tantas mudanças aceleradas. Faço isso por meio de mentorias, treinamentos e construções personalizadas com líderes, RHs e empresas.

A verdadeira transformação nas organizações começa quando líderes entendem que emoções também fazem parte da estratégia. Competência socioemocional é o que conecta resultados a relações saudáveis e sustentáveis.

Se você, empresa ou profissional de RH, busca desenvolver um time de líderes emocionalmente competentes e engajados, estou à disposição para construir essa jornada juntos.

por: Ligia Barcelos

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